Algumas pessoas pediram nos comentários em meu canal do YouTube que eu falasse um pouco sobre a melhor alimentação para quem tem doença inflamatória intestinal. Sendo assim, hoje falarei um pouco sobre a dieta para doença de Crohn e retocolite ulcerativa. Vamos lá?

Bem, o motivo para quem sofre com uma doença inflamatória intestinal, muitas vezes, demandar de uma dieta específica é que a absorção dos nutrientes no organismo pode ser comprometida por causa da inflamação no local. As principais doenças inflamatórias são: doença de Crohn e retocolite ulcerativa.

A doença de Crohn pode acometer qualquer parte do trato digestivo, desde a boca até o ânus. Isso quer dizer que ela tem maiores chances de comprometer a nutrição de uma pessoa, principalmente quando é manifestada na região do intestino delgado. Já a retocolite ulcerativa, comumente, acomete a região do reto e do intestino grosso, o que também pode comprometer a nutrição, a depender do grau de inflamação.

Além das áreas de manifestação, a fase em que uma doença inflamatória intestinal se encontra também pode influenciar na absorção dos nutrientes. Ambas as doenças, retocolite e Crohn, tem fases ativas e fases de remissão. Dessa forma, quando pensamos em uma dieta para doença de Crohn ou retocolite, precisamos levar essas informações em consideração.

Mas afinal, qual a melhor dieta para uma doença inflamatória intestinal?

Doença inflamatória intestinal, como a dieta é criada?

Antes de uma dieta ser receitada a um paciente, é necessário fazer uma avaliação completa de desnutrição proteica, calórica e de nutrientes específicos. Assim, é possível compreender a absorção de quais nutrientes está sendo afetada e traçar um plano alimentar para fazer a reposição. Além disso, a fase em que a doença se encontra deve ser levada em consideração no momento da criação da dieta para doença inflamatória intestinal, já que nutrientes diferentes são demandados da fase aguda e na fase de remissão. Confira:

Fase aguda
A suplementação de Ferro e Vitamina D, por exemplo, deve ser feita de maneira individual para cada paciente com DII na fase aguda. Isso porque, mesmo com a ingestão de multivitamínicos, é possível que haja carências de determinados nutrientes no organismo. A carência de Ferro pode ser observada em forma de anemia em muitos pacientes com DII, e por isso é necessário rastrear as reservas de Ferro no organismo. Além disso, a falta de Vitamina D pode levar ao enfraquecimento de ossos.

Mas como rastrear a fase aguda da doença de uma pessoa com DII? Bem, algumas proteínas e nutrientes funcionam como marcadores, já que podem estar em maior ou em menor quantidade no organismo.

Fase de remissão
A princípio, a dieta de pacientes em fase de remissão não apresenta muitas restrições. O ideal é manter uma alimentação balanceada, com vegetais, proteínas magras e carboidratos, seguindo sempre a orientação de que dois terços do prato deve conter saladas. Além disso, é indicado que haja o consumo de ômega 3, que contém propriedades anti-inflamatórias e pode ser encontrado em peixes de água fria e em suplementos. É importante ressaltar que seguir dietas ou repor nutrientes não fará com que a doença entre em fase de remissão.

Por ser um assunto extenso, em meu canal do YouTube você encontrará um vídeo sobre esse mesmo tema, onde abordo com mais profundidade como a doença inflamatória intestinal se desenvolve. Além disso, falo também sobre a dieta para doença de Crohn e retocolite ulcerativa. Vale a pena conferir!