Conheça o tratamento da retocolite ulcerativa

Quando somos diagnosticados com alguns quadros, é comum que a procura por um tratamento aconteça logo em seguida, certo? Bem, com os quadros de doença inflamatória intestinal o processo não é diferente, por isso, trouxe esse conteúdo para falar sobre o tratamento da retocolite ulcerativa, vamos lá?

Bem, antes de falar sobre o tratamento da retocolite ulcerativa, é interessante esclarecer sobre o que se trata o quadro. O retocolite é uma doença inflamatória intestinal e, uma de suas características mais comuns é ter uma fase ativa e uma fase de remissão. Isso quer dizer que, em alguns momentos a pessoa apresentará sintomas e, em outros momentos não. A doença se desenvolve na região do reto e, de maneira contínua, vai se manifestar na região do sigmoide e assim por diante, podendo acometer todo o intestino grosso.

Quando a doença acomete somente a região do reto, geralmente os sintomas se manifestam de maneiras mais leves. Por outro lado, quando a doença chega ao intestino, os sintomas podem ser mais intensos. Bem, a retocolite acomete o intestino de forma superficial, se manifestando de forma contínua e superficial.

Agora que falei sobre as características da retocolite, vamos ao tratamento da retocolite ulcerativa.

Tratamento da retocolite ulcerativa – Quadros leves e moderados

Colite distal: em geral, o tratamento é feito de forma tópica no reto. Dessa forma, são usados Enemas, contendo entre 1g e 3g / dia, com uma distância de até 60 cm da margem anal. Na maioria dos casos, os Enemas têm ação superior ao supositório.

Proctite: na maioria das vezes o tratamento, assim como o da colite distal, é feito de forma tópica no reto. É utilizado um supositório, podendo ser de 500 ou 1000mg ao dia.

Ambos os métodos de tratamento costumam ser superiores ao uso de corticosteroides retais e auxiliam indução da melhora e remissão sintomática. Além disso, é possível fazer a aplicação dos métodos em dose única ou fracionada.

Mesalazina x Sulfassalazina

Colite esquerda: são usadas no tratamento da colite esquerda, com intensidade entre leve e moderada. A Mesalazina oferece menos efeitos colaterais em relação à Sulfassalazina e é usada em combinação oral e retal tópica.

Pacientes com a forma “leve” da doença podem usar uma dose maior que 2g dos medicamentos combinados, enquanto pacientes com a forma “moderada” podem fazer uso de doses acima de 4g.

É importante dizer que, na manutenção da remissão, a Mesalazina e a Sulfassalazina apresentam a mesma eficácia, e não tem diferença entre a aplicação da dose única ou fracionada, podendo então ter a forma de aplicação adaptada às necessidades do paciente. Além disso, as doses maiores de 2g são mais eficazes que as menores.

Tratamento da retocolite ulcerativa – Quadros graves

Para quadros mais complexos da doença, são usados os corticoides, já muito conhecidos no tratamento de doenças inflamatórias. Dessa forma, eles auxiliam na indução da remissão.

Bem, os efeitos da prednisona dependem da dosagem e, geralmente, no tratamento são utilizadas dosagens entre 20mg e 60mg. A dosagem de 60mg costuma ter mais eficácia que a de 40gm, entretanto, dosagens maiores que 60mg apresentam benefícios muito discretos e sua indicação depende de acordo com a necessidade de cada paciente. O nível da dosagem é mantido até a apresentação de melhora clínica e, após isso, começamos a reduzir 5mg por vez, até chegar a uma dosagem de 20mg.

Bem, essas são algumas formas de realizar o tratamento da retocolite ulcerativa e, como podemos ver, existem métodos para cada forma de apresentação da doença. Por isso, é sempre importante se consultar com um coloproctologista, afinal, somente ele poderá indicar o tratamento ideal para seu caso.