Você sabe quais são os tipos de fístulas? Tanto aqui no site, como em meu canal no YouTube, as fístulas são um assunto recorrente. Entretanto, é importante entender que existe mais de um tipo do quadro e, assim, conhecer os sintomas e forma de manifestação de cada quadro.

Primeiramente, é importante entender o que é uma fístula perianal. É possível definir uma fístula como uma comunicação anormal de dentro o ânus com a pele perianal, ou seja, é um caminho que liga a parte interior do ânus com a parte exterior. As fístulas, geralmente, são consequências de abscessos na região do ânus, que são drenados para a pele e criam a passagem As características do abscesso é que determinam o tipo de fístula criada, podendo ser mais profundas ou com um ou mais trajetos, por exemplo.

Agora que você já sabe o que são as fístulas e como elas podem ser formadas, vamos conhecer os tipos de fístulas.

Tipos de fístulas – Esfíncter interno e Esfíncter externo

Bem, para conhecer os tipos de fístulas, é preciso conhecer um pouco a anatomia do local. Em volta do ânus temos alguns músculos que são responsáveis pela nossa continência, ou seja, eles impedem que a passagem das fezes ocorra de forma contínua. Esses músculos são o esfíncter interno, que é a continuação do músculo do intestino, e temos também o esfíncter externo, que é uma continuação da musculatura da pelve.

Mas o que isso tem a ver com os tipos de fístulas?  Bem, a relação do caminho da fístula com os músculos da região anorretal, determinam o tipo e a gravidade da fístula.

Tipos de fístulas

  • Fístulas submucosa: são fístulas, em geral, mais simples, que têm um orifício e passam somente pela região superficial abaixo da mucosa e já vaza na pele. Não acometem os músculos do ânus e o tratamento em geral é mais simples.
  • Fístula interesfincteriana: estas fístulas começam na região do ânus e passam entre o esfíncter interno e o externo. É importante ressaltar que, por mais que o esfíncter interno seja importante, ele não é essencial para segurar as fezes, o que quer dizer que, mesmo que façamos um corte no músculo, a pessoa não costuma ter incontinência. Dessa forma, na maioria dos casos de fístula interesfincteriana, podemos simplesmente abrir a fístula sem maiores danos.
  • Fístula transesfincteriana: são fístulas que passam através do músculo esfíncter externo, atravessando o esfíncter interno até chegar ao externo. Dessa forma, não podemos simplesmente cortar a fístula transesfincteriana da mesma forma que fazemos com a fístula interesfincteriana, pois estaríamos abrindo parte do esfíncter externo e interno, o que tornaria mais propício o surgimento de incontinência.
  • Fístula supraesfíncteriana: são aquelas fístulas que passam por cima de todo o esfíncter externo e interno. Dessa forma, não podemos abrir a fístula, já que abriríamos todo o músculo externo, o que geraria uma incontinência.
  • Fístula extraesfincteriana: são fístulas que podem ter início no ânus ou até mesmo no reto e que comprometem uma maior musculatura da região, já que passa em volta de toda a musculatura da pelve. Geralmente, são fístulas mais complexas e requerem tratamentos alternativos à abertura de fístula.
  • Fístula em fundo cego: tecnicamente, as fístulas em fundo cego não são fístulas de verdade. Isso porque elas não têm saída na região do ânus, terminando em alguma região logo abaixo da pele, sem vazar para nenhum local. Dessa forma, é necessário encontrar um melhor lugar para realizar a drenagem de seu conteúdo.

Esses foram os principais tipos de fístulas de acordo com o trajeto. Dessa forma, para que o melhor tratamento seja encontrado, é importante se consultar com um proctologista em BH ou proctologista em São Paulo!