Cisto pilonidal, apesar de ser uma doença conhecida por muitas pessoas, ainda causa muitas dúvidas sobre a forma de manifestação do quadro. Uma das razões para essas dúvidas é que a doença pilonidal é uma doença que pode ter recidiva, ou seja, ela pode voltar a surgir após a cicatrização do cisto, em alguns pacientes. Sendo assim, é possível que algumas pessoas confundam a doença em sua forma de recidiva com um cisto pilonidal que não cicatriza. Vamos ver a diferença entre eles?

Bem, o cisto pilonidal é caracterizado pelo surgimento de uma cavidade localizada entre as nádegas, acima da região anal. Geralmente, o cisto apresenta pelos em seu interior, e forma alguns orifícios em sua superfície. Quando operamos esse cisto, é possível que a doença pilonidal volte a manifestar, sendo assim a forma recidiva da doença.

Por outro lado, quando é feita uma cirurgia de cisto pilonidal aberta, por exemplo, existe a possibilidade de a cicatrização não ocorrer por completo. Isso acontece já que o nosso organismo tem uma capacidade de cicatrização limitada. Assim, feridas que são muito grandes ou quando existe algum fator que dificulte a cicatrização local, pode acontecer de a ferida não cicatrizar completamente, já que, geralmente, as feridas começam a cicatrizar das bordas e do fundo, para no fim, cobrir as laterais.

Dessa forma, existem alguns cuidados no pós-operatório que auxiliam a cicatrização. Confira:

Como cuidar de ferida de cisto pilonidal?

Em primeiro lugar, é importante evitar a pressão no local, já que manter a área pressionada faz com que o sangue pare de circular, o que prejudica a cicatrização. Uma forma de evitar a pressão no local é evitar assentar sobre a região da ferida do cisto pilonidal. Esse processo pode ser auxiliado pelo uso de uma almofada para o cóccix.

Uma outra forma de cuidados é retirar o excesso de pelos na região. Ao contrário do que pode parecer, os pelos não nascem no cisto pilonidal, mas sim caem nele, vindos da região ao redor do local onde a doença pilonidal surge. Assim, o excesso de pelos pode dificultar a cicatrização, já que a presença deles na região faz com que o tecido local fique mole e produza secreção. Por isso, em alguns casos quando o paciente já apresenta esse tipo de tecido na região, pode ser necessário fazer uma curetagem e retirar todo o tecido inadequado.

Manter a região limpa e seca também é uma forma de auxiliar o processo de cicatrização. É natural que os tecidos produzam secreção e por isso eles demandam de atenção. É importante realizar a higiene do local corretamente durante o banho e secar completamente a região. O uso de pomadas também pode ajudar na cicatrização pós cirurgia de cisto pilonidal, mas nem sempre seu uso é indicado. É preciso avaliar cada caso especificamente.

Embora esses cuidados sejam indicados para ajudar na cicatrização de qualquer tecido, nem sempre uma cirurgia de cisto pilonidal será tão invasiva. A técnica EPSIT é uma alternativa à cirurgia aberta.

Cirurgia de cisto pilonidal – EPSIT

O EPSIT permite ver o cisto pilonidal por vídeo para, dessa forma, realizar a cauterização do tecido que está dentro do cisto e também permite realizar a remoção de pelos. Assim, a dor causada é menor – em relação à dor da cirurgia aberta – e a cicatrização desse método é mais fácil.

Dessa forma, a cirurgia de cisto pilonidal EPSIT torna menos propício o surgimento de uma ferida que não cicatriza, mas não garante que a doença pilonidal não vai reaparecer de forma recidiva.

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